segunda-feira, 19 de agosto de 2013

LINHAS & RIMAS - POEMA "QUIS VOLTAR A VIVER" DE LINS FERREIRA

E a nossa coluna "Linhas & Rimas" voltada apenas para publicações de textos e poesias continua com força total e agora você pode prestigiar o poema escrito pelo nosso colaborador Lins Ferreira.

Quis voltar a viver

Demorei muito perceber Que o mistério é uma arte Que junto ao todo faz sua parte Incluindo também, amar-te
Demorei deixar de ser ingênuo Afinal, como é bom ser criança Cantar e entrar na dança Da vida sem perder a confiança
Demorei tornar-me um adulto Daqueles plenos em seu pensamento Daqueles que não brincam um momento Daqueles que perderam todo sentimento
Depois de esse repentino envelhecer Quis voltar a viver Quis beijar a esperança Então, voltei a ser criança.

sábado, 10 de agosto de 2013

O Ego das Sombras (Capítulo 4)

No conto anterior nossa heroína Natássia correu para o centro da cidade para descobrir qual tragédia havia acontecido. Deparou-se com um incêndio no prédio de seu amigo Júnior que possivelmente seria o causador devido a seu histórico de tentativas de suicídio desde que eles eram crianças. Em meio ao alvoroço e pânico Natássia reconheceu Dimitri no meio da multidão e ele não pareceu nada amigável.


CAPÍTULO 4


OLHARES VAZIOS


Natássia permanecia paralisada perante olhar gélido que Dimitri transmitia para ela. Definitivamente aquele não era o rapaz de olhar doce e sorriso fraterno que tocou seu coração. Seus olhos eram frios e seu corpo estava rígido, Natássia estava de corpo arrepiado e a dor no seu peito esquerdo se intensificava cada vez mais. Quase sem forças ela abriu os lábios e tentou falar o mais alto que pudesse.
─ Dimitri!
Como um simples passo de mágica o rapaz revirou os olhos e o tom suave voltou a estampar seu rosto, ele parecia perdido, tonto e fraco. A dor que Natássia sentia sumiu e ela pode se mexer e com medo ela tentava se afastar. Pois ela estava com medo de Dimitri, com medo de que aquilo estava acontecendo com ele pudesse voltar. Mas quando ela se afastava sentiu uma mão pegar no seu braço e apertar forte. A seguir ouviu uma voz familiar chamar seu nome:
─ Natássia espere, por favor.
─ O que você quer? ─ ela se ouviu sendo grossa com aquele rapaz belo que a assustou.
─ Está tudo bem com você? – perguntou Dimitri com aquela voz suave que fazia ela se derreter.
─ Não Dimitri, não está nada bem. Meu amigo está naquele prédio preso tentando se matar e matou várias pessoas com essa loucura e eu te vejo aqui todo estranho no meio da rua com um olhar estranho. Não parecia você Dimitri!
─ Eu não estava bem, estava tão assustado com esse incêndio. Os cadáveres que eu devo ter perdido a noção, estava nas nuvens. Só acordei quando te ouvi me gritar. Desculpa!
─ Está desculpado, mas eu tenho uma dúvida Dimitri. Como você chegou aqui tão rápido sendo que você está morando do outro lado da cidade?
─ Eu cheguei agora a pouco, depois que vi a movimentações de viaturas e ambulâncias. Vim correndo com o sentido de ajudar se fosse preciso.
─ Tudo bem então, eu também vim para cá com essa intenção. Vamos então nos aproximar talvez os bombeiros estejam precisando de voluntários.
Os dois adolescentes fora andando em direção do incêndio que agora já estava controlado e segundo s bombeiros e policiais, não havia mais pessoas em perigo e que todos que foram resgatados foram encaminhados para o Hospital Municipal de Santa Martha.
Eles ajudavam junto de outros voluntários na retirada dos destroços e na ajuda aos familiares das vítimas que queriam notícias. Os dois não paravam de trocar olhares um para outro, era difícil de assumir, mas Natássia estava sim atraída por Dimitri e era estranho, pois não fazia ideia de quem ele era ou sua historia.
♦♦♦

Sua cabeça não parava de doer, seu corpo estava todo dolorido e sentia as queimaduras os membros ensanguentados. Sua cabeça também doía muito e ele ao acordar viu seus pais na cabeceira de seu leito com uma expressão séria e preocupada. Ele estava vivo, Júnior tinha sobrevivido a mais uma tentativa de suicídio. Não sabia por que teria tentado mais uma vez sendo que há quase um ano ele não recorria mais a isso. Depois de suas sessões com o terapeuta estava mais conformado e superando aos poucos suas dores e o trauma de infância que o fizera ficar assim.
Mas nos últimos dias ele estava mais estranho do que de costume. A voz que o atormentou durante toda sua infância voltou com força total e iria continuar a atormentá-lo até ele conseguir realizar o suicídio. Mas ele não conseguira, a voz sumira. O porquê ele não entendia, pois a voz tinha voltado junto com o grande medo que ele sente, ele iria por um fim em tudo isso. Ele iria pôr um fim nas fofoquinhas dos vizinhos, nas brincadeiras idiotas na escola. Ele já era um garoto obeso, depressivo e ainda por cima era o mais inteligente da sala. Apesar de ser tão voltado aos estudos saberia que jamais completaria vinte anos de idade, ele iria morrer antes de entrar na faculdade e ele iria conseguir isso, só não sabia como, mas ele iria conseguir.
Preso nos seus pensamentos e com seus ferimentos lhe causando uma dor insuportável ele ouve de seus pais a gravidade do que ele fizera. Eles contaram da quantidade de vítimas, das crianças que morreram, e que ele será internado em uma clinica especializada.
Ele não poderá mais permanecer em Santa Martha depois do que fizera, ele estava sendo expulso de sua cidade mesmo nunca ter sentido se pertencia a ele ou não. Ele não faz questão, apenas chora e diz aos seus pais que sente muito.
Mas Júnior não imaginava que seus atos causariam um estrago colossal. Ele só queria morrer, e sem saber que em breve seu maior sonho de morrer seria realizado.
♦♦♦
Natássia se encontrava na calçada de sua casa conversando com Dimitri. Ele estava mais relaxado, voltara a sorrir da maneira como ela o conheceu. Talvez aquilo tudo que ela viu não passou de uma ilusão ou de pura impressão dela, por um minuto ela não sabia o que pensar quando viu Dimitri daquele jeito. Tão estranho, tão sombrio, tão nefasto.
O que importava é que agora eles estavam sorrindo e se divertindo. Mas as pessoas sempre dizem que as coisas boas são passageiras. De repente quatro pessoas apareceram na porta da casa de Natássia, ela achou muito estranho que depois de tantos anos aquelas pessoas aparecerem ali principalmente porque a maioria delas não é próxima de Natássia exceto Elisangela, sua melhor amiga e confidente desde criança.
─ Natássia, precisamos conversar apenas nós cinco. E o assunto você sabe muito bem qual é!




CONTINUA...

O Ego das Sombras (Capítulo 3)

No conto anterior nossa heroína Natássia conheceu o misterioso Dimitri. O rapaz afirma ter se mudado para a cidade de Santa Martha em busca de vida nova. Mas algo mais se esconde por trás do belo rosto do rapaz e foi esse mistério que atraiu a bela ruiva.  Ao retornar para casa Natássia viu ambulâncias e viaturas policiais correrem em direção ao centro da cidade. Ela então as seguiu imaginando o que teria acontecido logo se candidatando a voluntária caso tenha acontecido alguma tragédia.


CAPÍTULO 3

EM PERIGO


Desesperada e sem fôlego Natássia chegou ao lugar onde as viaturas de polícia e ambulâncias se dirigiam. Muitas pessoas curiosas sem aproximavam do local da ocorrência. Natássia percebeu que a concentração de pessoas era maior nos prédios próximos a Praça Matriz da cidade. Em meio a tanto caos e barulho, ela não conseguia distinguir o que exatamente estava acontecendo e o porquê de tanto alvoroço.
A bela ruiva avançava em meio às pessoas para se aproximar do prédio e descobrir o que estava acontecendo. Quando conseguiu chegar onde pretendia desejou ter ficado em casa. Em meio a destroços via pessoas feridas, com queimaduras, cadáveres na calçada. Bombeiros, policiais e voluntários carregando as vítimas, mexendo nos destroços, fazendo de tudo para salvar vidas. Enquanto isso o prédio ardia em chamas. Parecia mentira, pois nunca acontecera na cidade um incêndio daquele porte.
O prédio quatro andares era consumido pelo fogo, Natássia mantinha os olhos encantados pelas chamas e ao mesmo tempo o desespero tomava conta dela porque ela sabia quem morava naquele prédio e sua desconfiança era que aquela tragédia fosse de responsabilidade da mesma.

♦♦♦

Júnior é um garoto de dezessete anos. As pessoas nunca entendem porque ele faz isso, as pessoas não o compreendem, não sabem a dor que ele sente. Ele tem medo. Tem medo das pessoas, tem medo dos carros, tem medo de sonhar, tem medo de se barbear. Ele tem medo da própria respiração.
A sua vida toda foi assim, tenho medo de tudo e de todos. Ele se tornou só mais alguém esquisito que ninguém gosta de conversar ou se aproximar. Ele prefere assim, se acostumou a ser sozinho então não se importa muito. Mas a dor e o medo são maiores, ele tenta se desprender dessa vida, tenta por um fim no sofrimento, mas nunca conseguiu.
Esta é a sua décima sétima tentativa, ele precisa morrer. Ele tem que morrer, mesmo que para isso tenha que matar todas as pessoas do seu prédio junto, será um sacrifício digno. Foi ele o causador do incêndio, ele está trancando em seu apartamento, ele não quer ser salvo pelos bombeiros, ele vai ficar sozinho trancado em seu quarto esperando pelas chamas da morte.

♦♦♦

Natássia permanecia aflita vendo as movimentações do prédio. Os bombeiros e a policia isolaram a área próxima do prédio para evitar que os curiosos se machucassem ou interferissem no salvamento. De cabeça baixa e olhos inchados Natássia não parava de chorar pensando na gravidade da loucura que Júnior fizera dessa vez. Desde que eles eram crianças Júnior tenta se matar, ele ficou assim depois do que aconteceu quando eles eram crianças. Ele foi o mais prejudicado de todos eles, todos carregaram alguma sequela daquele dia. Desde o que aconteceu ela não consegue mais dormir, pois os pesadelos a visitam todas as noites e Júnior tenta cometer suicídio sempre que é possível, mas nunca consegue.
Desta vez ele arrastou várias vidas consigo, ela nunca vira algo assim na cidade. Nunca pensou que um dia veria isso, nunca pensou que júnior chegaria a esse ponto. De repente uma dor forte arrematou seu peito, ela estava sentada em um banco da praça da matriz e sentiu que o formigamento no peito só aumentava. Levantou a cabeça e começou a respirar com cansaço e ao olhar ao redor para pedir ajuda a algum conhecido viu um rosto familiar.
Dimitri estava em pé na praça com os olhos vivos e firmes encarando o prédio. Havia algo esquisito com ele, seus olhos estavam estranhos. Seu semblante estava fechado, totalmente diferente do tom alegre e carismático que ela conheceu minutos atrás. Realmente havia algo estranho com ele, Natássia resolveu se aproximar de Dimitri e quanto mais ela caminhava em sua direção ela percebeu que a dor no peito se intensificava, ela mal conseguia andar.
Quando ela estava a poucos centímetros de Dimitri, ela permaneceu paralisada não conseguia sair do lugar. O garoto de cabelos pretos virou-se bruscamente para a ruiva e ao encará-la Natássia teve a pior sensação de sua vida.




CONTINUA...

POESIA DO LEITOR

O Blog Rascunhos & Rabiscos com muito orgulho estreia sua nova coluna "Poesia do Leitor". Você leitor pode postar sua poesia na página do Blog no Facebook neste link Blog Rascunhos & Rabiscos Facebook e nós publicaremos com todo prazer.


Confiram hoje na estreia da coluna o poema "Desejo Incontrolável" das irmãs Danielly Castro e Allana Castro, leitoras assíduas do blog.

DESEJO INCONTROLÁVEL

Desejo Incontrolável
Olhar interminável 
Sangue Fervendo
Coração Palpitando
Horas Passando
Intenção Indecente
Paixão Inconsequente

Dois corações e um caso proibido

LINHAS & RIMAS - POEMA "PARECE-ME JUSTO" DE LINS FERREIRA

E a nossa coluna "Linhas & Rimas" voltada apenas para publicações de textos e poesias continua com força total e agora você pode prestigiar o belo texto escrito pela nosso colaborador Lins Ferreira.


Parece-me justo
Esquecer, somente, esquecer Era tudo o que queria neste dia Por um breve momento ter O gosto de paz em minha agonia.
Esquecer de uma coisa que sinto Que me condói e é o meu porque. Minha razão é como um infinito Indecifrável e inquietante por você.
Vou escutar minhas melodias Fortalecerei minha alma em esperança Confiante que ainda virão dias Que terei a confiança de uma criança
Parece-me justo, sorrir no meio da dor Parece-me justo, viver com esperança, Todavia encontro-me assim, Parece-me justo, lutar até o fim... Parece-me justo, sorrir...

LINHAS & RIMAS - POEMA "AMIGOS"

E a nossa coluna "Linhas & Rimas" voltada apenas para publicações de textos e poesias continua com força total e agora você pode prestigiar o belo texto escrito pela nosso colaborador Lins Ferreira.

Amigos
Meu amigo chegamos até aqui Mais longe do que pensamos Por tanta coisa que eu vivi Por tanto que nós andamos Fomos pela força de estarmos, Juntos...
Sabe a vida ficou fácil Desde que cerque- me de amigos Ainda que esteja frágil Pode sempre contar comigo A nossa força estar em estarmos, Juntos...
Posso algum dia deixar de vê-lo Mas não posso esquecê-lo Pelo tempo de quando estivemos... juntos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

LINHAS & RIMAS - POEMA " MARCELINE" DE LINS FERREIRA

E a nossa coluna "Linhas & Rimas" voltada apenas para publicações de textos e poesias continua com força total e agora você pode prestigiar o belo texto escrito pela nosso colaborador Lins Ferreira.

Marceline
Este coração duro e gelado Esta pele seca e azul de frio As lembranças de um passado Que nem tem mais brio...
Da tristeza prometi protegê-la Mas quem há de proteger-me? Quando eu perdê-la A doce lembrança de você...
Perdoe-me quando esquecer Que enxuguei suas lágrimas de menina Que prometi não a perder Mais amei Como uma filhinha... Eu a amei...